terça-feira, 16 de agosto de 2011

Primeiro Amor [Parte II]

O texto de hoje é mais uma parte solta do conto que já foi postado anteriormente aqui no blog Primeiro Amor (Parte I) pra quem não leu ainda, o link está disponível. Continuação paralela.


[...] As minhas amigas continuavam insistindo naquela mesma história. Mas eu achava cada vez menos provável. Afinal, quem ama demonstra, e aquilo estava longe de ser considerado como demonstração de amor. Sempre que eu me aproximava ele baixava os olhos, afastava quase que involuntariamente as mãos das minhas e sempre ironizava minhas piadas. Ai céus, como me sentia rejeitada. E ainda sim as minhas fiéis amigas juravam que rejeição era amor. Como podia?
Se quer que eu esteja por perto, por que me mantém longe? Se gosta dos meus olhos ora cinzas e ora azuis, por que não olhá-los diretamente?
Ainda com meus questionamentos infindáveis, era dado como garantido esse fato. Ele me amava e não sabia como reagir. Com certeza estava agindo do modo mais errado possível. [...]A minha vontade, na verdade, era segurá-lo pelos ombros com força, fazendo-o assim assumir uma postura, pelo menos fisicamente e gritar bem alto olhando em seus olhos cintilantes para que me poupasse de sua covardia que me confundia e confunde até agora. Mas não o fiz com medo da resposta.
E se todas elas, as minhas ‘entendedoras’ do coração alheio, estivessem erradas e eu estivesse anulando minhas chances, até mesmo como amiga? Onde poderia fixar meu olhar após ser realmente rejeitada, de uma vez por todas? Onde repousaria meu rosto sem ter aquele ombro que me acolheu por tantas vezes? Preferi o silêncio. E enquanto ele me rejeitava e recusava me olhar, tentei por vezes encostar minha mão na dele, que para minha surpresa, estava tão suada e trêmula quanto a minha.
O que aquilo significava, eu não sabia, só sabia que era bom. E que estava longe de chegar ao fim. 


Escrito por: Gabrielle Pires
Postado por Gabrielle Pires Silva às 00:36

9 comentários:

Maiara Cupertino disse...

Primeiro amor jamais é esqecido, deixa marcas pra vida tooda! =)

Gu disse...

ainda bem que nunca tive um primeiro GRANDE amor

Ulisses Lovegood disse...

Afinal, quem ama, demonstra! FATO

Thaís Lima disse...

"Se quer que eu esteja por perto, por que me mantém longe?!" Isso pra mim não existe.
Amei o texto!!! :)

Laila Saltoris disse...

Ameei!
Quem nunca passou por essa "insegurança" do amor, né?
"Afinal, quem ama demonstra. [...] Se quer que eu esteja por perto, por que me mantém longe?"

Continue postando o conto. *-*

Marcelle Braga disse...

Me identifiquei muito! Muito lindo, muito bom. Amei! :)
Concordo com Laila, continue postandooo!

Ana Neves disse...

Esse conto é perfeito, e repito, continue postando :D
Parabéns ♥

Giulia disse...

O conto ta lindo! Os detalhes na descrição e a personagem estão maravilhosos.
Continue sim, postando (:

Parabéns, bb s2

gabrielafortunato disse...

" [...]A minha vontade, na verdade, era segurá-lo pelos ombros com força, fazendo-o assim assumir uma postura, pelo menos fisicamente e gritar bem alto olhando em seus olhos cintilantes para que me poupasse de sua covardia que me confundia e confunde até agora. Mas não o fiz com medo da resposta."
Ameeeeeeeeeeeei esse pedaço, a minha caraaaaaaaa. kk
Parabéns Gabi, mais uma vez!

Postar um comentário