Era para ser. Como uma flor que hora ou outra tem que desabrochar. Como o inverno que por mais árduo e doloroso que seja, hora ou outra precisa chegar. Era para ser. Como todas as outras coisas que têm que ser, são. Como o sono que acaba se instalando nos olhos, como o tremor que o corpo sente quando se depara com o medo e como o coração dispara ao ser tocado pela adrenalina.
Não adianta lutar contra, bater o pé ou fechar os olhos. O que é pra ser, acaba sendo sozinho, mesmo que demore um pouco mais. Toma força toma partido, impulso e quando ainda poderia ser, damo-nos conta de que já é.
E esse é um caso de uma coisa que era para ser. Acabou sendo diferente do que talvez deveria. Acabou sendo em uma outra hora. Mas era para ser desde a primeira vez. E vai ser assim. Sempre é.
Por que muitas vezes somos como pequenos coadjuvantes em nossas próprias vidas e nem mesmo temos escolha. O que é pra ser acaba sendo. E têm sido assim. Só nunca se sabe se continuará sendo.
Escrito por: Gabrielle Pires Silva