Olá! Bom, mais uma vez, estou participando do concurso de textos do Blorkutando, e dessa vez o tema é Paquerologia. É um pouco diferente do que eu geralmente escrevo, mas espero que gostem.
Liberdade e repressão
Por incrível que pareça, mesmo estando em pleno século XXI ainda temos dificuldade em nos expressar. Nossos antepassados lutaram tanto por liberdade de expressão e, nós, tendo isto, às vezes sentimos medo de usá-la. E com tamanha insegurança e certas vezes por falta de planejamento, metemos os pés pelas mãos quando o assunto é a conquista.
Sejamos sinceras, não queremos mais passar em frente a uma construção e ouvir um assobio, e nos sentir como ‘pedaços de carne’. Mas imagine o quão estranho seria passar e não ouvir? Iríamos questionar à nossa aparência ou acreditar que finalmente tal comportamento foi extinto? A insegurança sempre acabaria plena. E isso acontece o tempo todo.
Tornamos-nos um fruto deste meio. E já nem sabemos o que esperar quando o assunto é aquela pessoa que nos atrai. Não sabemos se devemos esperar como mocinhas, ou tomar atitudes, como mulheres evoluídas. Não sabemos se devemos dar nossos telefones, ou anotar o deles, pra ligar quando quisermos. Não sabemos se vamos ao primeiro encontro ou fingimos que temos compromisso. Isso resulta na primeira complicação num relacionamento. Nem sempre as intenções ficam realmente claras porque não se sabe quando estabelecer a verdade, totalmente direta.
Tantas vezes paira aquela dúvida: “[...] isso foi ou não uma indireta? Foi o não direcionada a mim?” A partir deste episódio subentendido, começam as cantadas indiretas, que são piores ainda. Não sabemos até onde pode ser verdade, ou até onde pode ser brincadeira, e muitas vezes não damos o real valor. Muitas vezes nos iludimos, e muitas outras nem percebemos. Justamente quando era verdadeira.
E o pior de tudo isso; - Sim, ainda pode ficar pior. Está nas oportunidades. Tantas vezes nos parecem tão unicamente raras, que nos exaltamos, e falamos milhares de coisas sem sentido. Claro, só percebemos depois que elas saem de nossas bocas como um jogo de palavras, e tentamos nos censurar, mas nos atrapalhamos ainda mais tentando consertar. Queremos parecer tão interessantes que ficamos presos numa mesmice, numa falta de criatividade, ou numa troca rasa de sorrisos amarelos.
Tudo isso por quê? Não seremos culpados, julgados e nem mesmo crucificados ao destilar a arte de ‘paquerar’. Já dizia a minha avó, todo mundo tem seus ‘paquerinhas’ e isso faz parte. Parte de nós pensa nisso. Parte de nós quer isso, mas parte de nós tem mais medo do que vontade.
Escrito por: Gabrielle Pires Silva (tequila)