sexta-feira, 28 de maio de 2010

Lágrimas

Estava secando, mesmo que pela décima vez minhas lágrimas. Eram teimosas, impertinentes que só. Brotavam de forma rápida e pinicavam para que se eu ousasse piscar, mesmo que levemente os olhos, pingassem em forma de melancolia. Estava com as mãos sobre as bochechas, a essa altura, já bem molhadas. Sorria tentando arrancar a dor e apagar lembranças ruins. Sorria enquanto tentava enganar a alma de que estava totalmente embargada em lágrimas. Mas tudo que fazia, era singelamente vão. Elas ousavam ainda sim, tomar-me e molhar-me, como se eu já não tivesse mais controle. Era verdade, só ia secar, quando passasse toda aquela dor, e não, quando meu orgulho quisesse mandar. Silenciosamente obedeceria às regras, mas ainda as enxugava, mesmo que talvez só para usar de minha teimosia também, contra elas, que ainda teimavam em cair, sem parar. Gota a gota.

Escrito por: Gabrielle Pires Silva (Tequila)

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Lágrimas

Estava secando, mesmo que pela décima vez minhas lágrimas. Eram teimosas, impertinentes que só. Brotavam de forma rápida e pinicavam para qu...
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Finais felizes

Não existe anestésico para finais de romance, não existe botão de ‘replay’ para que possamos reprisar nossos momentos marcantes. Não inventaram outro nome para ciúmes, e ainda não descobriram o motivo que faz os homens não ligarem no dia posterior. Ninguém ensina como superar um ‘não’ recebido, muito pelo contrário. As titias e mamães sempre nos dizem ‘pronto, pronto passou’ e nos faz achar que passou. Mas não, não passou. Só aconteceu.

Os filmes de romance nos influenciaram a achar que os romances são aqueles que têm início, meio, fim, e que o fim é lindo. O que os poetas e autores nunca nos mostraram é que um fim lindo é o menos provável e que, o mais possível e mais importante, é o ‘meio’. Quando acaba, não importa se foi lindo ou não, acabou. Mas enquanto dura, a intensidade tem sempre que ser maior, sempre ser mais real. Se existir perfeição, que seja o ápice da história, que seja a parte contínua. Se for para se apaixonar, que seja por um lindo começo e uma duração inacabável. Se for pra ter final, é porque não é feliz.

Escrito por: Gabrielle Pires Silva (Tequila)

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Finais felizes

Não existe anestésico para finais de romance, não existe botão de ‘replay’ para que possamos reprisar nossos momentos marcantes. Não inventa...
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terça-feira, 25 de maio de 2010

Hora do adeus

Aqueles beijos, aqueles abraços. Foram bons eu sei, me fizeram voar de um mundo, à outra galáxia, mas de repente pararam de me fazer sorrir e me trouxeram a melancolia que temia.

Aqueles dias que passamos juntos e aquelas coisas que dissemos um ao outro. Você já esqueceu não é? Pois eu ainda não. E hoje são essas coisas que me atormentam.

Os rabiscos dos cadernos eram siglas. Não posso julgar, você certamente não poderia entendê-las. Elas foram grande parte do que me fez sofrer, é uma parte do meu desapego agora.

Ninguém me escutaria agora, mesmo que eu tivesse gritando com os pulmões cheios de ar. Não tenho mais tempo, preciso te dizer adeus, mesmo que não fisicamente, mas à imagem que guardo de você, e às lembranças que ficaram. Eu não sei explicar o porquê, mas algo diz pra eu ir embora.

Fazer as malas, ir contra o mundo, lutar ainda que sem forças, preciso partir. Não sei se já passei do meu tempo ou se ainda anunciam a última chamada nos aeroportos.

Vou me desapegar das velhas imagens e dizer por mais doloroso que seja. Vou dizer finalmente, e a partir disto encontrar uma vida nova. Talvez eu fique por perto, mas agora, é preciso dar adeus.

Escrito por: Gabrielle Pires Silva (tequila)

Pauta para a edição musical Bloínques. Tema: Algo diz pra eu ir embora.

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Hora do adeus

Aqueles beijos, aqueles abraços. Foram bons eu sei, me fizeram voar de um mundo, à outra galáxia, mas de repente pararam de me fazer sorrir ...
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Insônia

E mais uma noite, teve dificuldade para dormir. Fechou os olhos e ainda sim sentia vertigem. Vertigem essa que causara todo esse mal estar anterior. Mesmo ainda acordada, concentrava-se para dormir enquanto se pegava perdida, sonhando, submersa de ilusões. Alegava-se de que ainda não havia adormecido e podia ainda sim, ouvir aqueles burburinhos, aquelas vozes e supostos risos, dos quais talvez ainda não tivesse ouvido, mas imaginava ouvir. Ouvia sua própria respiração, agora um pouco pesada e barulhenta, enquanto não esboçava nenhum tipo de expressão. Estava tão concentrada em conseguir vencer aquela insônia que se desprendeu de toda aquela história e encontrara outros pensamentos. Estes, que nem ela mesma poderia explicá-los.

Escrito por: Gabrielle Pires Silva (Tequila)

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Insônia

E mais uma noite, teve dificuldade para dormir. Fechou os olhos e ainda sim sentia vertigem. Vertigem essa que causara todo esse mal estar a...
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terça-feira, 18 de maio de 2010

Recomeço

Desapareci. Nem sei como explicar o bloqueio criativo que têm acontecido ocasionalmente comigo. Então não sei definir o que eu tenho como intenção agora para o blog. Talvez eu fique mais um tempo de férias buscando novas inspirações, talvez eu pare com o blog, talvez eu poste alguns textos de outras autorias até conseguir voltar aos meus antigos textos ou, talvez eu mude o foco do blog. Ainda não sei. Mudei o layout, para dar uma nova revigorada, mas não sei se mudou muito rs.

Interminado

[...] Disse mais umas duas palavras e virou as costas. Ouvia ainda o burburinho que causara, mas não podia se comover. Andava como se não visse o quanto as pessoas se importavam. Deixou de lado esse aspecto natural que possuía. Deu boas-vindas ao seu alterego onde se mostrou cada vez mais gélido. Sensibilidade talvez nunca tocaria aquele coração por parte animal.

Escrito por: Gabrielle Pires Silva (Tequila)

Postado por Gabrielle Pires Silva às 21:11 4 comentários
terça-feira, 18 de maio de 2010

Recomeço

Desapareci. Nem sei como explicar o bloqueio criativo que têm acontecido ocasionalmente comigo. Então não sei definir o que eu tenho como in...
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